Que fazes por aqui, ó gato?
Que ambiguidade vens explorar?
Senhor de ti, avanças, cauto,
meio agastado e sempre a disfarçar
o que afinal não tens e eu te empresto,
ó gato, pesadelo lento e lesto,
fofo no pelo, frio no olhar!
De que obscura força és a morada?
Qual o crime de que foste testemunha?
Que deus te deu a repentina unha
que rubrica esta mão, aquela cara?
Gato, cúmplice de um medo
ainda sem palavras, sem enredos,
quem somos nós, teus donos ou teus servos?
Alexandre O'Neil
4 comentários:
Bela homenagem ao Gato! embora goste mais de cães, são fieis!..bxx
I'm a dog person... : ))
(foto linda!!!!)
Eu sou de cães, sou de gatos, sou de cavalos e borboletas. Tudo o que mexe me encanta ;)
E adoro este poema do Oneill; quem tem gatos e os ama sabe que é mesmo assim.
Beijinho
...
Zorbas pegou no ovo entre as patas da frente e viu assim como a avezinha dava picadas até abrir um buraco por onde enfiou a diminuta cabeça branca e húmida.
- Mamã!- grasnou a gaivotinha.
Zorbas não foi capaz de responder. Sabia que a cor da sua pele era preta, mas achou que a emoção e o rubor que o invadiam o transformavam num gato lilás.
...
"História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar" de Luis Sepúlveda, ler este livro é realmente um pequeno prazer! Beijinhos manita
Tani
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