18 agosto, 2011

Mãe e filha...



Coimbra (PT) © AV, Agosto 2011



Entre paredes num fim-de-semana prolongado, composto por:

. Acordar cedo, entre as 07h e as 7h30m, a V. madrugou para mal dos meus pecados, nem a litrada de 210ml de leite fez com que ela ficasse mais um pouco na cama.
. Brincadeiras, jogos e muitos livros à mistura, o abre e fecha o livro, os sons, as texturas e as cores… ela adora!!! Interessante e tão divertido, observa-la e acompanha-la de dia para dia nas suas descobertas. Ela, que agora já não pára quieta, gatinha desenfreadamente e já anda, passo a passo, de braços abertos (parece uma ave rara) e lá vai ela…
. Idas até ao baloiço, a V. sorri de contente e às gargalhadas quando eu a empurro com um pouco mais de força... 
. Conversas e cantigas… Já a minha mãe dizia que eu adorava cantarolar e adoro cantar para ela as músicas que aprendi em pequena.
. Colo muito colo, a V. antigamente não sabia o que era um colinho… e agora estica os pequenos bracitos e cabeça erguida fica aos saltitos aos nossos pés… A minha coluna não gosta muito de pegar em 10kilos, mas temos pena!!! Aguenta-te por favor, porque sabe-me tão bem pegar nela… a minha filha que quando nasceu, nem tinha peso de pacote de açúcar e agora está enorme, tão crescida, já não cabe dentro dos meus braços…
. Dia 15 de Agosto, a V. fez 15 meses de idade corrigida.
. Sesta, algo que eu detestava fazer em miúda porque era obrigada a faze-lo em tempo de férias… Agora, aproveito os segundos, os minutos e horas da V. e recupero ou tento recuperar as noites mal dormidas, o cansaço e a azáfama da semana.
. À noite, para relaxar, sofá e televisão… a ver MasterChef, o australiano… e como não temos “tempo” para ir ao cinema, e estas modernices de alugar filmes por intermédio de um canal, acabamos por ficar no sofá, alugámos um filme, aliás um belo e tocante filme “Mães e Filhas” de Rodrigo García. A história de 3 mulheres que partilham a mesma sensação: os encontros e os desencontros da vida. Fala-nos das relações humanas e os laços que tecemos uns com os outros. 
Este filme, uma passagem deste filme, levou-me a recordar os dias em que eu senti medo e uma imensa solidão no meio de tanta gente… às vezes parece que já esqueci, mas de vez em quando engano-me a mim própria, engulo em seco e siga. Um filme que aconselho, um filme cheio de amor…

E assim se passaram 3 dias entre paredes… 

4 comentários:

Rosa Negra disse...

Sigo-te em silêncio, mas hoje deixo-te uma palavra de carinho e parabéns, pela mulher forte que és, pelas pequenas conquistas de cada dia, e pela vossa filha linda.
(Também já vi o filme... chorei baba e ranho... :))

dejalo que va lejos disse...

Sorrisos, sorriu, sorriu docemente para ti Rosita...

Tem sido uma luta continua, dias bons e outros dias maus... mas dias cheios de conquistas. Sou uma mamã feliz, muito feliz.

Beijinhos e abraços longos

Safira disse...

Que bom é ler-te de novo, cheia de força e alegria. Muito bom, mesmo :)
Beijos para vozes!

dejalo que va lejos disse...

Oh Amiguita, obrigada a ti pela companhia nesta nossa luta. Obrigada mesmo :D

Tenho de escrever, escrever... uma forma (tal como tu fazes) de desempoeirar a alma... Escrevo também para a V., porque a minha cabeça já não perdoa, e assim um dia estaremos juntas a ler e relembrar os nossos momentos.

Beijos e festinhas